Fotos
Eu achava que tinha coisas das quais eu já havia escapado há muito tempo. Lembranças que eu nunca mais teria, pensamentos que eu tinha deixado pra trás. Eu achava que eu já me aceitava bem do jeito que eu sou, que eu já aceitava minhas escolhas e que em momento algum, que nunca mais, eu pensaria "e se...". Bem, eu estava enganada.
É incrível como as coisas saltam aos nossos olhos em forma de banalidades, como uma foto. Ou duas ou três.
Não vou falar aqui publicamente das coisas que ainda me abalam, porque o fato é que elas não me abalam. Mas me assusta a ideia de que algo que passou há tanto tempo possa ainda me afetar de alguma forma. Me deixar mais triste quando eu já estou vulnerável à tristeza, ou me deixar pensativa quando estou tentando viver mais do que pensar. É isso. Eu queria poder viver sem ter que lembrar de certas coisas.
Certas pessoas.
Mas não posso. Ainda não inventaram um remédio que apague essas lembranças. E eu tenho que conviver com elas, esteja eu na TPM ou não. E talvez o problema seja todo esse, aquela carência besta que me afeta na TPM.
Ou talvez o problema seja essa minha eterna mania de isolamento. Já me falaram muito disso, mas eu nunca quis ouvir. Acho que vou voltar a trabalhar esse problema.
[no meio das fotos em que eu chorei, vi várias fotos minhas de dez, doze anos atrás. Algumas até menos, coisa de oito, nove anos. E eu era MAGRA. Gente, eu era MAGRA! Meu braço todo era o que hoje é meu pulso. Meu rosto era afinado, minhas pernas eram gostosas, não gordas. E eu tinha blusinhas que deixavam a barriga de fora. O que eu posso deduzir disso tudo? O trabalho me fez muito mal.]
É incrível como as coisas saltam aos nossos olhos em forma de banalidades, como uma foto. Ou duas ou três.
Não vou falar aqui publicamente das coisas que ainda me abalam, porque o fato é que elas não me abalam. Mas me assusta a ideia de que algo que passou há tanto tempo possa ainda me afetar de alguma forma. Me deixar mais triste quando eu já estou vulnerável à tristeza, ou me deixar pensativa quando estou tentando viver mais do que pensar. É isso. Eu queria poder viver sem ter que lembrar de certas coisas.
Certas pessoas.
Mas não posso. Ainda não inventaram um remédio que apague essas lembranças. E eu tenho que conviver com elas, esteja eu na TPM ou não. E talvez o problema seja todo esse, aquela carência besta que me afeta na TPM.
Ou talvez o problema seja essa minha eterna mania de isolamento. Já me falaram muito disso, mas eu nunca quis ouvir. Acho que vou voltar a trabalhar esse problema.
[no meio das fotos em que eu chorei, vi várias fotos minhas de dez, doze anos atrás. Algumas até menos, coisa de oito, nove anos. E eu era MAGRA. Gente, eu era MAGRA! Meu braço todo era o que hoje é meu pulso. Meu rosto era afinado, minhas pernas eram gostosas, não gordas. E eu tinha blusinhas que deixavam a barriga de fora. O que eu posso deduzir disso tudo? O trabalho me fez muito mal.]
4 comentários:
Será mesmo que apagar as memórias adiantaria, ou apenas nos levaria a repetir as mesmas cagadas? Vide Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.
Agora, temos que admitir que o que faz mal não é o trabalho. Mas a idade... Estamos ficando velhos e acabados...
Lembrei do filme quando estava postando, por isso gostaria que o remédio existisse e que fosse eficaz. Ou sei lá, gostaria de simplesmente não ter vivido algumas coisas. Ou nem isso. Às vezes eu queria simplesmente não pensar.
Estamos ficando velhos e acabados sabe por que, por que, por que?????
POR CAUSA DO TRABALHO!!!!
¬¬
Eu compartilho com você essa "mania de isolamento", já tentei mudar...não deu certo...
Temos que aprender a viver com essas lembranças e o fato de que com o passar do tempo as elas aumentam ainda mais...
É, a gente pensa que consegue tanta coisa que, na verdade, não consegue praticamente nada.
¬¬
Mas a vida continua, apesar das lembranças!
I like u!
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