terça-feira, 17 de março de 2009

Nota de Repúdio

Não sei se cheguei a falar para vocês que eu me inscrevi numa ação de cyberativismo da Fundação Abrinq. Disse? Não? Que pena pra vocês.

Daí que eles mandam algumas notícias via email, e nós que temos blogs, grandes ou pequenos, repassamos essas informações para vocês, leitores, e a ideia vai se espalhando e se espalhando e PIMBA! Um mundo de gente tem um mundo de informações!

Como eu sei que meus 3 leitores são pessoas antenadas e que se informam regularmente, sabe que as notícias dos últimos dias nos jornais não são nem um pouco animadoras para as crianças. Primeiro a garotinha de 9 anos, engravidou do padrasto que a estuprava regularmente, e que ainda passou por um aborto para salvar a própria vida e talvez um pouquinho de dignidade. Depois a menina de cinco anos que foi sequestrada pelo pai, um doido que ainda roubou um avião monomotor, ficou voando pelos céus como se a vida fosse engraçadinha, e depois se espatifou no estacionamento de um shopping, em Goiás.

Não vou citar aqui outros trocentos casos de violência infantil, de pais que estupram filhos, de mães adotivas ou biológicas que torturam seus pequenos, dos pais que jogam filhos pela janela porque criança irrita. Sobre esse assunto, o presidente da Fundação Abrinq, Synésio Batista da Costa, publicou a seguinte nota de repúdio:

"Um pai, após atos violentos contra sua esposa, fugiu com a filha de 5 anos e roubou um monomotor do aeroclube de Luziânia, em Goiás. Após voos rasantes pela cidade, cometeu suicídio ao arremessar o avião sobre o principal Shopping Center, causando a morte da criança.

Esse é mais um caso onde percebemos a violência exercida contra a criança dentro do contexto familiar. Ao invés da priorização da proteção plena do sujeito de direitos - a criança - o que temos presenciado é o seu uso como moeda de troca, colocando-a na condição de objeto de negociação e violência extrema.

O histórico de repetidas situações de violência familiar tem revelado que a falta de busca por intervenções externas pelos envolvidos, resultam na vitimização de crianças e adolescentes. Mudar essa situação requer democratizar informações e mobilizar a sociedade para a sua corresponsabilidade na garantia e proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes.

Realizar a denúncia é condição imprescindível para evitar fatalidades como esta, que vitimizam a criança, colocam outros indivíduos em risco e chocam a sociedade, na medida em que expõe as fragilidades do nosso sistema de garantia de direitos previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente."

Então, minha gente, é isso. Se vocês souberem de qualquer, eu disse QUALQUER ato de violência contra crianças, não hesite, denuncie.

8 comentários:

Andarilho disse...

Se eu souber, eu denunciarei. Mas acho difícil, eu praticamente nem vejo crianças.

Oficina de Improvisos disse...

Como disse o Andarilho: praticamente não vejo crianças. O que no fundo não justifica essa minha revolução de sofá. Bem que podemos fazer algo além de denúncias, mas o quê e como?

Márci disse...

Gente....tudo bem não gostar de crianças [eu acho], se não gosta, se não tem paciência, NÃO TENHAM FILHOS...simples assim...
Mas maltratar,judiar, matar é o FIM....e sério. Me deixa mega triste. Não gosto nem de ouvir a respeito dessas coisas.

neutron disse...

eu tô dentro desse projeto, também. e a nota de repúdio dá uma ideia da dimensão das coisas.

a Cam, do blog Escarlates, postou o depoimento de um médico sobre o caso da menina de 9 anos: http://escarlates.blogspot.com/2009/03/infinitamente-melhor-que-encomenda-eu.html

eu também bato palmas pro Dr. Dr. Rivaldo Mendes de Albuquerque.

Mamãe de primeira viagem disse...

cara... tem uma criança... filha do vizinho do meu namorado... que o ai só grita com a pobre da criança;;;; acho que jah denunciaram... mas como não eh esancamento, naão aconteceu nada...
a criança tadinha... é toda retraída... passo mal com essas maldades sabe...
beijos

Ana P. disse...

Andarilho: eu também não convivo com muitas crianças, perceba... mas de repente no bairro, aconteça de vez em quando e aí, se a gente ficar sabendo e se omitir, é foda, né... anyway...

OF | IM: nós, que trabalhamos com Comunicação, além das denúncias podemos... COMUNICAR! Pq às vezes as pessoas acham que não acontece, mas acontece, e precisamos sempre estar denunciando esses abusos, nunca deixar esquecer, não deixar os assuntos morrerem sem que haja uma punição.

Má: pois é, amiga, você sabe que eu, por exemplo, não sou muito fã de crianças. Mas nem por isso eu acho que criança tem que ser judiada. Olha, eu quando pequena, apanhei dos meus pais. Mas aqueles apanhar de criança arteira, sabe? Nunca, e eu tenho certeza disso, que meus pais me machucariam a ponto de deixar marcas profundas, no corpo e na mente.

Neutron: eu vi esse post, acho que inclusive vc me passou algum link desse blogue. E eu fui lendo e li esse texto, e concordo plenamente. Aliás, já fiz meu comentário a respeito desse assunto do padre, pastor, bispo, sei lá que porra esse treco aí é.

R.C.: pode não acontecer o espancamento da criança, mas o que esse pai tá fazendo com essa criança é abominável pq, mais pra frente, a gente não sabe como essas atitudes irão influenciar a vida deste ser. É foda.

É isso, gente! Bora, vai...

thiagomocci disse...

Não vou repetir o que você falou... vou apenas parar e pensar aonde paramos. Agora, meu, que desnecessário isso. Que [perdoem] bosta cagada. Uma pessoa que estupra a própria filha deveria morrer sofrendo. Ai, falam que tenho mentalidade ruim, ai, falam que estou sendo sensacionalista. A bosta dos direitos humanos só proteje esses porr**!!!! Quer dizer, esses bandidos. É isso.

Anônimo disse...

Tenho uma sobrinha de 3 anos, e toda vez que ela entra aqui no quarto e xega perto de min, não resisto e tenho que abraçar, beijar e da umas apertadinhas nas boxexas dela, acho tão fofa. Não sei como é que alguem pode fazer mal a uma criança1 Não sei mesmo, são tão indefesas!