Palavras apenas
Eu sonhei com palavras. Palavras soltas no ar, não na forma verbal, mas na forma física. De repente não era mais tão difícil sentir a palavra "amor", ou tocar na palavra "amigo". Pra todos os lados que eu olhava, palavras se materializavam e se soltavam umas das outras. Da "tristeza" nasceu a "saudade" e bem juntinha veio colada a "solidão". Às vezes, ela brotava do meio de "felicidade" também, e então ela se desfazia em "lágrimas". Essa dava à luz uma palavra bonita, "esperança", que logo se transformava em "sorriso" e ademais, ia sempre se transformando.
Nesse sonho com as palavras, engraçado, eu não estava sozinha. Alguém buscava catar palavras junto comigo, alguém buscava conhecer o mundo junto comigo, alguém buscava guardar as palavras dentro de si também. Nos encontramos nesse sonho, e continuamos em frente, como caçadores de palavras, pessoas alucinadas querendo descobrir o significado do mundo através das palavras.
No meio do caminho eu acabei encontrando a palavra "decepção". Junto com ela tinha duas palavrinhas, mas eu não consegui pegar as duas, tinha que optar por uma. Eram a "raiva" e o "perdão". Eu optei pelo perdão, ali bem do ladinho da raiva estava a "amargura". Não achei que fosse uma bela palavra. Era pesada demais para eu sair carregando por aí.
E o mais engraçado é que com o perdão eu me senti mais leve, mais arejada. Mais pronta para conhecer a próxima palavra do caminho, a "sabedoria". Uma palavra extensa, maior do que se pode imaginar, parece até não ter fim, e cada hora a gente descobria um pedaço maior dela. Foi da sabedoria que eu descobri que todas essas palavras e descobertas eram apenas um sonho.
Quando acordei, eu só via "medo" na minha frente. Medo de ter que conviver com o real significado de cada uma dessas palavras, todos os dias. O amor, a raiva, o perdão, a decepção, a saudade, nossa, a saudade... eu morro, a cada dia, de saudade, de amor, de decepção, de raiva. E ressuscito com o perdão.
Ando louco de saudade, saudade, saudade, ô... que é louca por você...
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No meio do caminho eu acabei encontrando a palavra "decepção". Junto com ela tinha duas palavrinhas, mas eu não consegui pegar as duas, tinha que optar por uma. Eram a "raiva" e o "perdão". Eu optei pelo perdão, ali bem do ladinho da raiva estava a "amargura". Não achei que fosse uma bela palavra. Era pesada demais para eu sair carregando por aí.
E o mais engraçado é que com o perdão eu me senti mais leve, mais arejada. Mais pronta para conhecer a próxima palavra do caminho, a "sabedoria". Uma palavra extensa, maior do que se pode imaginar, parece até não ter fim, e cada hora a gente descobria um pedaço maior dela. Foi da sabedoria que eu descobri que todas essas palavras e descobertas eram apenas um sonho.
Quando acordei, eu só via "medo" na minha frente. Medo de ter que conviver com o real significado de cada uma dessas palavras, todos os dias. O amor, a raiva, o perdão, a decepção, a saudade, nossa, a saudade... eu morro, a cada dia, de saudade, de amor, de decepção, de raiva. E ressuscito com o perdão.
Ando louco de saudade, saudade, saudade, ô... que é louca por você...
4 comentários:
Excelente texto.
Agora, cá entre nós, vc andou tomando o que pra ver tudo isso?
Provavelmente são os Dramins, que eu tenho tomado quase todos os dias pra conseguir dormir, hihihihi!
Mas vc gostou? Que bom. Pq sua opiniao é muito importante para mim. Abs!
Acho que o Dramin anda te deixando meio gay... mas o texto foi fofo, cute, txunenis...
mas é foda... confusão de sentimentos suxxx.
Porra, se saudade matasse taria morténha da silva!!! Mas olha lsd dá pra ver isso tudo acordada e sempre cismo que dramin é remédio pra enjôo......
Beijundas e muito piegas mas totalmente necessário, te desejo um 2010!!!!!!!!!!!!
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